segunda-feira, 21 de novembro de 2011

A Serpente e o Vaga lume


Conta a lenda que uma vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
Este fugia rápido com medo da feroz predadora, e a serpente nem pensava em desistir...
Fugiu um dia todo e ela não desistia, dois dias e nada...
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
Posso lhe fazer três perguntas?
Não costumo abrir esse precedente para ninguém,
mas já que vou te devorar mesmo, pode perguntar...
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não. - Eu te fiz algum mal?
- Não. - Então, por que você quer acabar comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar...
Muitas vezes nos envolvemos em situações nas quais nos perguntamos: Porque isso me acontece se não fiz nada de mal, nem causei dano a ninguém?
Certamente a resposta seria: Porque não suporto ver-te brilhar...!
Quando isso acontece, não deixe diminuir seu brilho. Continue sendo você mesmo! Segue fazendo o melhor! Não permita que te lastimem, nem que te retardem. Segue brilhando e não poderão tocar-te... Porque tia luz continuará intacta.
Tua essência permanecerá, aconteça o que acontecer...
Seja sempre autentico, embora tua luz incomode os predadores!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Educação do Campo

Não vou sair do campo
Pra poder ir pra escola
Educação do campo
É direito e não esmola
O povo camponês
O homem e a mulher
O negro quilombola


Com seu canto de afoxé
Ticuna, Caeté
Castanheiros, seringueiros
Pescadores e posseiros
Nesta luta estão de pé
Cultura e produção
Sujeitos da cultura
A nossa agricultura
Pro bem da população
Construir uma nação
Construir soberania
Pra viver o novo dia
Com mais humanização
Quem vive da floresta
Dos rios e dos mares
De todos os lugares
Onde o sol faz uma fresta
Quem a sua força empresta
Nos quilombos nas aldeias
E quem na terra semeia
Venha aqui fazer a festa

Não Vou Sair do Campo

Gilvan Santos

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Teste quiz


ESCOLA ATIVA- CLASSE MULTISSERIADA

O projeto Escola Ativa é uma estratégia metodológica criada para combater a reprovação e o abondono da sala de aula pelos alunos das escolas rurais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.Foi desenvolvido especificamente para as classes multisseriadas, onde alunos de diferentes idades e séries realizam suas atividades escolares na mesma sala de aula. Para garantir a melhoria da qualidade da educação no meio rural, o projeto utiliza diversos recursos, desde a auto-aprendizagem e o trabalho em grupo, até o ensino por meio de módulos e livros didáticos especiais. Além disso a Escola Ativa estimula a participação da comunidade e viabiliza a capacitação e atualização dos professores. No qual é de grande relevancia para minha classe, propondo-me desenvolver e aperfeicoar minha ação para atender a demanda. Há uma expectativas com relação ao benefício de se trabalhar com uma turma com idades e aprendizagens variadas, isso pelo fato de que eles nesse espaço educativo possam trocar saberes e conhecimento, ter acesso a conteúdos de variadas disciplinas e oriente seu colega numa atividades.
As concepções que fundamentam a Escola Ativa são baseadas na compreensão de que para se obter mudanças no ensino tradicional, melhorar a prática dos docentes e, conseqüentemente, a aprendizagem dos alunos nestas classes, deve-se levar em conta : a aprendizagem ativa e centrada no aluno; aprendizagem cooperativa; recuperação paralela; promoção flexível.
Destas concepções, a proposta da Escola Ativa é estruturada levando em conta estratégias vivenciais que objetivam a aprendizagem a participação, estimulando hábitos de colaboração, companheirismo, solidariedade, participação na gestão da escola pelos alunos e melhoria da atuação dos professores em sala. O projeto oferece livros didáticos específicos para a atualização na escola ativa, elaborados de forma modular e auto-instrucional, permitindo a cada aluno caminhar no seu próprio ritmo.”
O sistema educacional muitas vezes sustentou uma escola sem paredes e sem tetos, ocupando residências de educadores, salões paroquiais. Esse tipo de tratamento, destinados as escolas com turmas multisseriadas, favoreceu a noção de que o campo é um lugar atrasado, onde vivem pessoas conservadoras e tradicionais, em conseqüência da ausência de recursos humanos e materiais adequados, houve salas de aulas empobrecidas, reforçando a idéia deque para estudar é melhor ir para cidade. Esse fato deixou as escolas da zona rural vazias, mediante a essas ocorrência o município aderiu ao programa com o objetivo de criar condições para a aprendizagem voltada para a compreensão da realidade social na qual a criança está inserida. Pra isto busca estimular vivencia que objetivem a aprendizagem, a participação, a colaboração, o companheirismo e a solidariedade , envolvendo, reconhecendo e valorizando todas as formas de organização social.
A Educação do campo, então, se afirma na defesa de um país dominador e independente, vinculado a construção de um projeto de desenvolvimento, no qual a educação é uma dimensão necessária para a transformação da sociedade. Que se opõe ao modelo de educação rural vigente. Nessa perspectiva, a escola torna-se um espaço de análise crítica

Interpretando contribuição de Caldart (2001), O povo do campo almeja que a educação sirva para fortalecer os vínculos com a terra, com a natureza e que não faça com que o estudante sinta vergonha de ser camponês e sim, o orgulho. Além disso, ela deverá fazer com que os estudantes se sintam responsáveis pelas mudanças sociais e sujeitos da sua história.
Nas escolas da zona rural havia uma grande necessidade de valorizar sua cultura, no qual não deve ser ignorado, mas sim considerada, pois é uma realidade existente no contexto rural brasileiro precisando ser trabalhada. O ensino regular nas áreas rurais tem passado por muitas transformações, as quais se deram pelo fluxo migratório em razão das atividades economias. Neste contexto muitos trabalhadores rurais mudavam-se para a zona urbana em buscas de trabalho, onde deu origem a popularidade das cidades. A escola precisa estar conectada ao mundo do trabalho e á sociedade como um todo. Pois com o trabalho e através dele aprendem-se lições muito importantes: a troca, a interação, a cooperação, a transformação, o valor do coletivo para a produção de alimentos, de sujeitos, de suas vidas, de suas histórias. Pois segundo Caldart:
“As pessoas se humanizam ou se desumanizam, se educam ou se deseducam, através do trabalho e das relações sociais que estabelecem entre si no processo de produção material de sua existência.” Caldart (2000, p. 55).
Isto, para ele é a pedagogia do trabalho e da produção. E esta está ligada à Pedagogia da cultura. Caldart compreende que o desafio para as escolas do campo é a formação para recuperar as condições humanas dos povos do campos.